Bom dia! Espero que estejam todos bem :)
Esse mês de junho tem sido uma doideira – na verdade, desde maio. Mas junho veio carregado de reflexões, tanto individuais quanto coletivas, além de um monte de acontecimentos e marcos pessoais.
De Peito Aberto
Alguns leitores mais antigos e pessoas que me acompanham em outras redes já sabem que tenho uma banda – e que lançamos um EP novo este mês.
Pois é, dá pra acreditar? O nome do EP é Peito Aberto, e já está disponível no Spotify
A gente ficou mais de 7 anos sem lançar nenhum tipo de material novo. Entre hiatos e retornos, tudo parecia impossível de acontecer. De novo...
Quando paro e penso nisso, não consigo evitar os olhos marejados e o sentimento nostálgico.
Eu me tornei muito amargo e desesperançoso com o tempo, mas se tem algum lado de mim que ainda sobrevive e nutre sonhos e uma visão positiva – ou idealista – das coisas, esse lado é o meu lado musical.
Mas eu não sou um amante do assunto música – mal gosto de shows ao vivo ou de discutir sobre o assunto. O meu lance é produzir, me envolver, colaborar, criar.

Cabe dizer que nasci em Caçapava, uma cidade pequena do interior de São Paulo onde o sinônimo de vitória, na minha época, era se mudar pra cidade vizinha, São José dos Campos.
Então, eu estava acostumado à ideia de não ir muito longe além daquele marasmo que me era oferecido – entre fábricas e botecos.
Mas por sorte – e, em alguns poucos momentos, azar – através do punk eu conheci o "Faça Você Mesmo" (comumente conhecido como D.I.Y. ou Do It Yourself), e nisso minha vida mudou.
Dali pra frente, não existia nada que não pudesse fazer – desde que fosse feito coletivamente. Ou, como a gente dizia:
"É do it yourself, não do it for yourself."
(É faça você mesmo – e não para você mesmo!)
Pula uns anos e eu, no auge dos meus vinte e poucos, me junto aos meus melhores amigos na época e fundamos um selo, um bar, um estúdio de design, de música, e começamos a movimentar uma cena – já morta na época – no Vale do Paraíba.
Mas por quê?, você pode se perguntar.
A resposta curta seria: por que não?
Juntos, conhecemos lugares incríveis, entramos em roubadas, aprendemos muito, nos amamos, brigamos, crescemos e seguimos outros caminhos – mas, ainda assim, os mesmos caminhos.
Por muito tempo eu tentei – e às vezes sigo tentando – esconder esse lado da minha vida.
Negligenciar todas as vivências que tivemos juntos e esconder qualquer resquício de gratidão e amor por esse passado.
Mas, se tem alguma coisa que esse novo lançamento tem pra me ensinar, é que o passado não morre – ele cresce na gente, como parte da gente.

Ah, No Meio Fio Volta Amanhã
É isso✌🏼
Pessoas que nos dão orgulho, trajetória cheia de aventuras e felicidades, parceria...
Um texto que condiz com o nome do ep. Adorei!